domingo, 15 de novembro de 2020

Vivemos à beira do caos [Crônica]

             O título desse texto é bem démodé mesmo. Inúmeros autores/artistas já falaram sobre isso. Não que me considere um autor ou artista, mas hoje chegou a minha vez. Vivemos à beira do caos.

Por mais que a nossa vida seja organizada. Cheia de listas, trackers, agendas, alarmes no celular, planners, entre outras bugigangas utilizadas para se organizar o tempo, haverá um momento em que ela pode descambar para um ponto que você nem esperava.

É algo bastante atrelado ao que falo sobre o “não vai acontecer comigo”. Ou como o dito popular “pra morrer, basta estar vivo”. Não sabemos a hora, a ocasião, ou mesmo os eventos que impiedosamente nos levariam para lá, mas existe um ponto (ou vários) em que nossa vida sai dos trilhos e nos deparamos no caos, somos arremessados e caímos da maneira mais bizarra e incrédula possível.

Basta estar tudo bem para que as coisas desandem. A vida é como uma corda esticada ligando dois pontos. O início e o fim. Só que o que a gente, muitas das vezes não ver (ou não quer ver), é que as extremidades da corda estão amarradas entre dois arranha céus, ou para a imagem mental ficar mais bonita, entre duas montanhas imensas. Nós somos como um equilibrista vendado que se encarrega de atravessar à vida, flertando com o perigo, muitas vezes sem saber que ele está ali.

É uma doença que surge do nada. É um acidente no trânsito ou no trabalho. Um assalto. Uma chuva que cai e que molha os papéis do seu trabalho. Enfim, são tantos eventos que agem como o vento, naquele equilibrista, tiram ele de rota e, se a venda cai ou ele milagrosamente recupera a visão, vê a queda diante dele e apesar de todo o seu esforço, vai cair.

Pode se salvar? Pode. Nós podemos e o fazemos todo dia. Algumas vezes são acontecimentos ex machina, outros dependem de nosso esforço em se contorcer e segurar a corda. Talvez eu seja um sujeito pessimista e vejo a vida como o copo meio vazio, para outros a possibilidade do descarrilhamento iminente é o que torna a vida digna de ser vivida.

domingo, 2 de agosto de 2020

Pica-Pau e o projeto colaborativo

Olá pessoal! Em 2017, uma equipe de mais de 70 animadores brasileiros, realizaram uma parceria sem igual. Eles se reunião para animar nada mais nada menos que um dos mais memoráveis personagens da animação mundial: o Pica-Pau (em inglês, Woody Woodpecker).

Eles pegaram o episódio “O pássaro que veio para jantar” e o refizeram, cada um colaborando com seu respectivo traço.

Veja o vídeo abaixo direto do canal do Ivanildo Soares, um dos animadores que participaram dessa collab.

Abaixo resolvi colocar a lista dos animadores e de seus respectivos canais/redes sociais que participaram do projeto (retirado do canal do Ivanildo).


Allan Pilon - https://www.instagram.com/allan_pilon/

Allan Sanches - http://allansanches.tumblr.com/

Ananda Radhika - https://www.instagram.com/hey.radhi/

Anaximandro Santos Martins - https://www.facebook.com/anaxcartoons

Anderson Lister - https://andersonlister.tumblr.com/

Animaçau - https://www.youtube.com/animacau

Antônio Lilhares - https://www.instagram.com/_antoniolin...

Barbara Oliveira - https://www.barbaraofthesun.tumblr.com

Beto Gomez - https://www.instagram.com/betogomez/

Bia Leme - http://bialemeart.tumblr.com/

Breno Rohr - https://www.behance.net/brenorohr

Bruno Sandes - https://brunosandes.wordpress.com/

Catalina Torres - https://vimeo.com/176262413

Cesar Custódio - https://www.youtube.com/channel/UCr8D...

Dalton DaSou - https://daltondasou.wordpress.com/ilu...

Daniel Caetano - http://marretabionica.tumblr.com/

Daniel Veras Burigo - https://www.facebook.com/daniel.veras...

Eduardo Bruekers - http://ebruks.tumblr.com

Eliana Miyuki - http://elianamiyuki.tumblr.com/

Felipe L. Bende - https://www.youtube.com/shadplays

Filipe Mecenas - https://www.instagram.com/filipemecenas/

Gabriel Gomes - https://www.instagram.com/gahbagomes/

Gabriel Moura - https://www.youtube.com/user/artecest...

Geovani Angelo - https://www.artstation.com/geovaniangelo

Gilberto Soares - https://www.facebook.com/gilberto.soa...

Gui Kirinus - https://www.behance.net/guikirinus

Ícaro Cruz - https://icarocruzart.tumblr.com/

Ivanildo Soares - https://www.instagram.com/loberoso/

Jackson Abacatu - https://www.www.abacatu.com

Jacques Palermo - https://vimeo.com/62647451

Jhonny Bezerra Gomes - https://www.instagram.com/jhow_heifer/

João Rodrigues - https://www.facebook.com/joaop.silva....

Julia Brasileiro - https://ju-brasileiro.tumblr.com/

Júnior Soares - https://www.instagram.com/juniorand02/

Leonardo Amaral - https://www.youtube.com/RABISCOXXX

Lisa Vertudaches - https://www.instagram.com/lisa_vertud...

Louis Poague - http://cargocollective.com/lpoague

Luah Garcia - http://luahgarcia2d.blogspot.com

Lucas Pelegrinetti - https://www.www.pelegrineti.com

Luciana Yamana - https://www.behance.net/lucyamana

Luiz F. da Silva - https://www.instagram.com/silvafluiz/

Maykeon Salvatiera - https://www.facebook.com/maykeon.salv...

Natália Faria - https://www.instagram.com/nataliaftc/

Natalia Keiza - https://www.youtube.com/user/nataliak...

Natalia Zangarine - http://nataliazangarine.wix.com/natza...

Nathália Takeyama - https://www.instagram.com/natstaks/

Pablo Max - https://www.instagram.com/maxbritoart/

Paola Hiroki - https://www.instagram.com/phiroki/

Paulo Stoker - https://www.instagram.com/paulostoker/

Pedro Eboli - https://pedroeboli.tumblr.com/

Pedro Magalhães - https://www.acriatura.com

Pedro Miranda Filho - http://pedromirfilho.tumblr.com/

Rafael Dourado - https://sapobrothers.net/

Rafael Machado - https://www.facebook.com/R4F4ELDSM4CH...

Rafael Rosa - https://about.me/rafael_rosa

Robson Menezes - https://www.facebook.com/MagmaAnimeBR/

Rodrigo Estravini - http://morethanabanana.tumblr.com/

Rodrigo Ferreira - http://rodigro.tumblr.com/

Rodrigo Makoto - https://www.instagram.com/mkt_makoto/

Rodrigo Veras - https://www.facebook.com/rverasart/

Rubens Caetano - https://vimeo.com/user976780

Sergio Filho - https://vimeo.com/sergiofilho

Sniffs Cartoon - https://www.youtube.com/channel/UCE-Z...

Stephanie de Oliveira - https://www.instagram.com/tuelha/

Thiago Soares - https://www.artstation.com/thiagosoares

Tiago Kogi - https://tiagokogi.tumblr.com/

Victor Oliveira - http://boloassassino.tumblr.com/

Victor S. Crispim - https://victorscrispim.tumblr.com/

Vinicius Torres - https://www.youtube.com/canaldeciderio

Will Fernandes - https://www.instagram.com/wiiryam/

Yuri Custódio - https://www.youtube.com/user/AnimasAn...

Até!

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Sobre ganhar meias [Crônica]

Todas as pessoas mudam ao longo de suas vidas. Não apenas fisicamente, mas psicologicamente. Nossas concepções e visões de mundo se alteram conforme vivenciamos novas experiências e emoções. A valoração de objetos e ações também são modificadas conforme envelhecemos.

Uma das maneiras mais simples e banais de perceber essas mudanças comportamentais que ocorrem em nós é quando ganhamos meias de presente. Sim, isso mesmo. Bobo, não?

No último natal um dos meus presentes foi um pacote com várias meias. Se o presenteado fosse um dos meus filhos expressariam seu descontentamento ali mesmo, do mesmo modo se ganhassem roupas (crianças são bastante verdadeiras, muito diferente dos adultos que ocultam suas emoções – outra grande diferença de mudança de personalidade), mas como foram para mim gostei. E muito (estranho, não?).

Logo pensei que ter mais pares de meias iria facilitar o meu dia-a-dia. Não precisaria estar lavando sempre. Conforme fossem sujando, as acumularia e, então, lavaria tudo de uma vez no final de semana, por exemplo.

Quando crianças não temos essa outra preocupação: lavar roupas, mas, como disse, nossas concepções/comportamentos mudam com a idade e passamos a ver o mundo de uma outra forma. Até o ponto de achar que quem te deu meias de presente tem grande estima por você.


quarta-feira, 13 de maio de 2020

Paradoxo não é paradoxo [Crônica]


Paradoxos... Não, não falarei sobre a figura de estilo ou de pensamento que estudamos nas disciplinas de língua portuguesa ou de literatura que é relacionada à antítese, falarei sobre o paradoxo conceituado como uma declaração aparentemente verdadeira que nos leva a uma contradição lógica, ou uma situação que contradiz com o pressuposto anterior.
Ele é “o oposto do que alguém pensa ser verdade”. Os paradoxos rondam nossa vida por completo, eles estão na matemática, no português, em determinadas ações, nos pensamentos e até na física quântica, como podemos ver no princípio da incerteza de Heisenberg, que impõe restrições à precisão com que se podem efetuar medidas simultâneas de uma classe de pares de observáveis, ou seja, não podemos ao mesmo tempo saber a velocidade e a posição de um elétron, por exemplo. Ou no gato de Schrödinger que pode estar vivo ou morto. Ou o frasco com auto-fluxo de Robert Boyle, preenche a si próprio.
Outro paradoxo bastante difundido é o da propriedade da luz, uma vez que, segundo Einsten, ela pode se comportar tanto como partícula como onda, pode-se dizer, então, que a propriedade da luz é paradoxal.
O filósofo e lógico americano Willard Quine separou os paradoxos em três classes: Os paradoxos verídicos, os falsídicos e as antinomias, mas isso não vem ao caso nesse momento.
O paradoxo que quero mesmo falar é o “Paradoxo do Pinóquio”. Não lembro quando vi esse paradoxo pela primeira vez, mas foi algo que naquele momento me impactou, tamanha a sacada.
O Pinóquio diz: - “Meu nariz crescerá agora”.
Se o que o Pinóquio diz é mentira, então seu nariz crescerá realmente, mas se o nariz crescer é porque ele falou uma mentira, mas não foi mentira o que ele falou, afinal cresceu, então não deveria cresceria, mas se não cresce a afirmação passa a ser falsa e entramos no looping característico do paradoxo.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Embalador de caixa de supermercado [Crônica]


Existe um certo preconceito em relação às pessoas que, como eu, embalam suas próprias compras no supermercado. Pelo menos na região em que moro.
Grande parte desse preconceito vem por parte dos próprios embaladores ou dos caixas dos supermercados. É como se eu estivesse me intrometendo no trabalho deles. Os olhares dirigidos a mim, tenazes, são o bastante para indicar a insatisfação presente em suas mentes.
Estaria eu tirando, mesmo que por um breve momento, o propósito de vida daqueles trabalhadores? Too Much, certo? Chega a ser arrogante de minha parte pensar assim.
Certamente deve ser algo que a gerência não quer que os clientes façam. Por que será? É o propósito para o qual estão ali? Aí vou eu de novo. Chegamos a um looping de relações patronais.
Outros clientes também me olham com uma visão que indica que estou fazendo algo de errado, de que eu não deveria estar fazendo aquilo. Um intrometido ou enxerido, dependendo da região em que você mora no país.
Estou embalando as minhas compras, que comprei com meu dinheiro, por que não posso fazer com elas o que bem entender? Arrogância de novo?
Em outras regiões do país, a questão é diferente. O comum é você embalar suas compras. Os embaladores estão ali para te ajudar e não para te impedir que faça. Existe uma aura de maior naturalidade nisso, sem desgaste emocional.
É algo bem peculiar.

sábado, 2 de maio de 2020

The Willoughbys [Cinema]

Quantas referências! Sim, é assim que vou começar a minha resenha desse filme.
The Willoughbys é um filme de 2020, de comédia, dirigido por Kris Pearn e co-dirigido por Rob Lodermeier, lançado pela Netflix, em animação, que conta a história da família Willoughby. Reconhecida por apresentar bigodes bastante proeminentes, a geração atual da família, cuja linhagem é a do pai, não tem bigode e não gosta de crianças! Tanto pai, quanto mãe, chamados no filme de Pai e Mãe, detestam seus filhos! (Aí já começam as referências). As crianças se veem obrigadas, e decidem serem órfãos! Realmente, essa parte foi pesada, pensei no pior, mas não vou dar tantos spoilers nesse texto. Vou relatar mais sobre as referências, mesmo.
Em “The Royal Tenembaums”, filme do diretor Wes Anderson, temos uma família que possui muitos problemas e que moram em uma casa grande, clássica, velha, assim como em The Willoughbys. O fato dos pais tratarem mal as crianças é bem “Desventuras em série” e, um pouco de “Harry Potter”, claro que em nenhuma dessas obras são os pais os responsáveis pelos maus tratos, mas ainda assim, eram pessoas da família, ainda assim acredito que o filme faz referência a essas obras.
Outras referências que encontrei durante o filme foram ao Agente Smith de “Matrix”, no longa na verdade é uma mulher (com suas cópias) que trabalha para o serviço de órfãos; a “Fantástica Fábrica de Chocolate” junto com Willy Wonka também são referenciados quando aparece um ser um tanto quanto exótico, que vai ter uma parcela bastante significativa e importante no filme.
Também achei que “Meu Malvado Favorito” aparece no filme sob a forma dos minions, já que os gêmeos se parecem muito com estes e a casa em si, rodeada de prédios e o modo como ocorre uma perseguição mais para o final do longa, lembram “Up! Altas Aventuras”.
Enfim, achei uma super colcha de retalhos, mas que não estragam a experiência do filme em si. A história começa, ao meu ver pesada, por isso talvez que a classificação é 10 anos e não livre, apesar de ser uma animação dita “para crianças”, é necessário uma certa maturidade por parte dos pequenos para assistirem a esse filme.
A animação parece um pouco com stop motion, porém a técnica usada na produção foi computação gráfica mesmo. O filme foi baseado em um livro de mesmo nome escrito por Lois Lowry.
Espero que tenha lhe ajudado a decidir se vale ou não a pena assistir ao filme. Para mais informações acesse aos links a seguir:

Fiquem com o trailer:


Até!

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Dias nublados logo passarão [Crônica]


Às vezes, quando os problemas surgem em nossas vidas, achamos duas coisas: 1) eles nunca passarão e 2) são piores do que os de qualquer outra pessoa.
Os dois pensamentos estão completamente errados.
Sim, em algum momento eles passarão. É como a chuva que cai e que pode durar a noite toda, mas haverá um dia que o verão chega e a chuva já não está mais ali. Às vezes não nos damos conta disso, só quando o calor permite que tenhamos uma sensação diferente é que notamos: as chuvas acabaram.
Todos têm problemas. Não queríamos, mas todos têm. Só que temos a tendência de achar que somente os nossos importam e são piores, mas apenas pelo fato de sermos nós a suportar o peso desses problemas. É como se andássemos com uma balança para problemas e, durante as conversas, a usamos para verificar (de maneira nada balanceada) que realmente os nossos problemas são maiores.
É o problema do egocentrismo.
Há pessoas que deixam isso muito claro, enquanto outras sabem esconder bem essa reflexão.
Mas a chuva cai sobre todos.
Poucas são as pessoas que tem essa noção e tendem a apresentar maior empatia.
Para uma vida melhor nada como aproveitar até mesmo o momento da tempestade, aproveitar para aprender, para se tornar mais forte, e que quando a chuva passar, e sim ela irá passar, você perceberá o quanto cresceu. É como a relva que precisa da chuva para crescer e ela estava lá.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Man 2020 [Curta]

Vivemos em uma pandemia. O novo coronavírus trouxe mudanças radicais na sociedade e na rotina de boa parcela das pessoas ao redor do mundo. Muitas mortes vieram estão ocorrendo. O lado horrível e pesaroso desse momento.
Ainda bem que é possível, com tudo isso que vem ocorrendo, ter um lado positivo para se notar. Com o homem isolado socialmente a natureza agradece.
É aí que entra o novo curta animado de Steve Cutts. Em 2015 falei sobre Man, aqui nesse post. E, agora em 2020, temos um retorno daquele homem nesse momento de pandemia. Em pouco mais de um minuto, Cutts sintetiza boa parte do que vem ocorrendo com a ausência da força devastadora do homem no meio ambiente.
Um homem em isolamento, que só come, assiste TV, conta os dias da quarentena, estoca papel higiênico, enquanto a natureza respira. Vamos ao curta!


Espero que tenham gostado dessa indicação e, se possível, fique em casa. Vamos fazer a nossa parte contra o avanço do novo coronavírus e achatar a curva da infecção.

Quer saber mais sobre o conteúdo que eu produzo? Acesse http://linktr.ee/lourivaldias

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Invisíveis e tão importantes [Crônica]


Existem “n” coisas importantes para nós, mas que são invisíveis. A ciência, por exemplo, vive lidando com isso. Oxigênio, enzimas digestivas, gravidade, micro-organismos, enfim, uma miríade de coisas que nem sabemos se estão ali, mas que estão, fazem parte da nossa realidade e nos permitem viver ou morrer.
Na sociedade também há essas figuras. Mas aqui não estou falando de átomos, moléculas ou forças naturais. Falo de pessoas. Uma porção delas contribuem, com o seu trabalho, para nos permitir viver.
Aí entram garis e lixeiros, que evitam a proliferação de doenças através da coleta de lixo, inclusive arriscando suas próprias vidas. Os caminhoneiros, que fazem o translado de uma série de materiais de um ponto a outro de nosso país de dimensões continentais. Alimentos e remédios estão entre tantos desses produtos transportados por esses profissionais e que são imprescindíveis para a nossa vida. Os profissionais da saúde, que muitas vezes perdem a sua identidade quando usam o uniforme e daí não conseguimos diferenciá-los, mas que estão ali com o objetivo de nos ajudar a alcançar a saúde.
Nesse texto vou esquecer de uma série de outros profissionais que estão invisíveis para nós, mas que se eles não existissem em nossa realidade, muito provavelmente não estaríamos aqui. Que possamos ser gratos pela sua existência.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Computador de papel [Crônica]


Ou sou do papel ou quando a inspiração vem não tenho acesso ao computador. Hoje, tudo é computador. Quero me divertir: computador. Preciso trabalhar: computador. Vou namorar: computador. Tenho que estudar: computador.
O papel, esse foi abandonado. Quase não se usa. Seu uso é comparável a um pecado. A sustentabilidade é uma religião. E a Terra o seu deus. Gaia. 1992.
Gosto dessas relações. Começo relatando meu problema de inspiração ao computador e chego no Rio de janeiro dos eventos climáticos e ambientais.
Sou de uma geração que ainda tem – carrega consigo – uma grande familiaridade com o papel. Mesmo diante do computador precisa de uma folha de papel do lado para tomar notas. Seja tarefas, fazer contas rápidas, anotar números de telefone ou frases a serem usadas – ou quase nunca são – em relatórios. E, às vezes, o uso não é pouco. Textos inteiros são feitos usando uma folha de papel.
É flertar com o futuro e com o passado, enquanto passa o tempo, como dizia frequentemente o filósofo Cazuza.
Para outros o computador chegou para substituir o papel. Menos árvores cortadas. Melhor para o meio ambiente. O computador, promove desenvolvimento tecnológico, controla diversas máquinas, impulsiona a economia e a produção. As fábricas se tornam mais modernas, mais tecnológicas, produzem mais. Pior para o meio ambiente.
O computador é a faca de dois gumes da sociedade contemporânea.
O papel um viajante do tempo, humilde, simplório, mas útil naquilo que se propôs a fazer.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Nunca vai acontecer comigo [Crônica]


Esse é um pensamento bastante comum. Se algo é extraordinário, peculiar ou estranho, não “acontecerá comigo”. Imaginamos o universo girando ao nosso redor. Imaginamos que somos especiais e é por isso que doenças/perigos/acasos/desastres “não acontecerá comigo”. Só com os outros. Pois os outros são os outros e é o que vejo no jornal. Sempre uma história de alguém que nunca vi.
Até tinha esse pensamento comigo, até quando o inesperado “aconteceu comigo”. Parece história de cinema de tão peculiar que foi. Então, se me permitem, compartilharei o que ocorreu.
Estava de férias com minha família em São José, Santa Catarina. Às vésperas da nossa viagem de retorno para Belém, e então Capanema no Pará, meu filho mais velho começou a passar mal. Enjoo, dor de barriga, falta de apetite. Todos começaram a se perguntar o que será que ele tinha comido para sentir aquelas coisas. A culpa caiu em cima de um suco de laranja e um ovo frito. Malditos.
Tomou remédio, mas os sintomas não arrefeceram. A saída era ir para o hospital. A viagem seria na madrugada. Era importante ele melhorar para seguir viagem e então, uma vez no destino, consultaríamos na urgência. Afinal, era apenas uma dor de barriga, no máximo uma intoxicação alimentar. Quem nunca passou por um episódio em que “a comida não caiu bem”?
A dor arrefeceu, após vários remédios. Uma médica chegou a especular que aquilo seria emocional, já que estávamos de partida, as férias estavam chegando ao fim, e o retorno de um local tão bonito e divertido teria tal efeito na criança. Achamos estranho, conhecemos nosso filho, ele nunca foi de ter essas crises emocionais.
Sentindo-se melhor conseguimos embarcar. Seria uma viagem de cerca de seis a sete horas de Florianópolis até Belém, com uma conexão em Guarulhos.
Foi no avião que a história começou a mudar realmente. Meu filho voltou com os sintomas, só que dessa vez mais severos. A dor era tão intensa que ele estava quase desfalecendo-se. Pousamos na conexão e corri para o posto médico do aeroporto com ele em meus braços, pouco me importando com quem estava ao meu redor ou em quem esbarrava. Queria um médico para ver o que meu filho tinha!
Quando o médico o examinou disse as palavras que eu nunca esperava que fosse escutar em minha vida, durante uma viagem, pior ainda, em um local em que não tinha família e qualquer apoio: “Ele está com uma inflamação na região da barriga, deverá ser removido para um hospital”.
Aquelas palavras nos derrubaram. Isso já tem alguns anos, mas lembro perfeitamente todo o processo. A espera no aeroporto, a remoção de ambulância para o hospital, a espera no hospital, a ausência de comunicação com minha esposa que entrou com nosso filho (eu tinha perdido meu celular em um parque de diversões famoso de Santa Catarina), até a chegada da (outra) notícia: “Seu filho está com apendicite e está indo para a sala de cirurgia nesse momento”.
Cirurgia durante a conexão.
Caso a minha vida fosse uma série de televisão assim seria o título desse episódio.
Foi aí que repensei a ideia de que “isso nunca vai acontecer comigo”. É um mito, uma trapaça da mente humana. Sim, tudo é possível de acontecer com você. Quem diria que meu filho, em viagem, na volta das férias, em uma conexão, tivesse que realizar uma cirurgia?
O episódio, além de me ensinar uma nova mentalidade, instaurou em mim uma noção muito maior de empatia, principalmente para aquelas pessoas que estão sofrendo por alguma coisa que ocorreu em suas vidas.
Tudo ocorreu bem, apesar dos grandes percalços, passamos 11 dias em Guarulhos, e voltamos pra casa com um aprendizado. Sim, é possível que aconteça comigo.

domingo, 5 de abril de 2020

Kinga Glyk [Música]


Kinga Glyk é uma baixista polonesa, compositora de jazz com 23 anos, mas que apesar da pouca idade já se encontra em atividade desde 2009.
Começou tocando na banda da família “Glyk P. I. K. Trio”. Mas de maneira solo foi somente em 2015, aos seus 18 anos, com o álbum “Registration”.
Passou a tocar com seu próprio trio (ela no baixo e mais piano e bateria) e em 2016 veio seu segundo álbum, dessa vez um ao vivo, “Happy Birthday”.
É considerada “a grande esperança do Jazz Europeu” e passou a ter grande reconhecimento e notoriedade a nível mundial quando seu vídeo no YouTube, em que toca “Tears In Heaven” de Eric Clapton, viralizou.


Em 2017 veio o álbum “Dream” e em 2019, seu mais novo lançamento, chegando a ter turnê internacional, “Feelings”.
Quem utiliza o aplicativo de stream de música Deezer e procurar pelo estilo New Funk vai ver Kinga Glyk ilustrando a capa do gênero.
Com seus solos rápidos, usando as cordas mais baixas do baixo e slaps velozes constrói melodias difíceis de esquecer.
Atualmente minhas músicas favoritas são Let’s Play Some Funky Groove e Joy Joy que tem clipe no YouTube.


Espero que gostem de seu estilo. Comentem aí embaixo o que acharam.
Até!

quarta-feira, 1 de abril de 2020

A vida imita a arte [Crônica]


Vivo a época do Coronavírus. E até o momento foi tudo tão surreal.
Sempre fui um apaixonado por filmes e séries, principalmente dos gêneros de ficção científica e mundo pós apocalíptico. Às vezes nos envolvemos tanto com os personagens que acabamos nos colocando no lugar deles, acredito que é normal para boa parte das pessoas que também acompanham esse tipo de conteúdo. Daí chegou o COVID-19 no Brasil. Recomendações: lavar bem as mãos, usar álcool em gel, ficar em quarentena, não sair de suas casas, ficar em isolamento social.
É aí que a vida imita a arte.
Até então ir ao supermercado era uma coisa normal, corriqueira. Agora é algo perigoso, você não sabe o que pode encontrar lá fora. E não são criaturas como zumbis ou vermes gigantes que estão à espreita, mas um vírus, invisível a olhos nus, que geral danos graves ao sistema respiratório, acarretando até a morte dos infectados.
Os produtos começam a escassear. Já não encontrei mais álcool em gel no supermercado. Em outros estados falta papel higiênico. Várias pessoas têm feito estoques de diversos produtos em suas casas. E aí vem outro receio: a comida irá durar ou mesmo terá alimento para todas as pessoas?
Existe toda uma aura negativa no ato de sair de casa. Ou mesmo ficando dentro de casa e se pondo a imaginar todas as situações que por ventura podem vir a ocorrer. É um episódio de Walking Dead misturado com Black Mirror e Twillight Zone.
E a situação está apenas começando no Brasil. Não sei como irá terminar ou quais os caminhos que serão trilhados daqui pra frente. Escrevo isso no 21º dia de coronavírus no país e, ao meu ver, pouquíssima coisa foi feita por parte do governo.
Quando pego o jornal o terror vem à tona também. São várias as possibilidades futuras, por causa da doença: cortes salarias, fechamento de empresas e pequenos negócios, diminuição ou nenhum lucro, perigo e facilidade de contágio em diversos setores da sociedade, enfim, são diversos cenários que não tornam a situação atual melhor.
Não sei quanto tempo isso irá durar, não sei se sobreviverei pra contar a história, para mim só resta esperar.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Sobre as postagens nos blogs e vídeos no YouTube


Olá! Pra quem não sabe possuo dois canais no YouTube. O Falando em Ciência e o Café com Leite Desidratado (além de dois blogs, também com os mesmos nomes). O primeiro focado, como o próprio nome sugere, em ciência; já o segundo é voltado para resenha de livros, quadrinhos, mangás (talvez futuramente cinema).
Porém, tenho percebido ao longo das últimas postagens dos vídeos dos canais nos blogs que houve uma certa fuga da proposta inicial da manutenção destes. Por isso, resolvi deixar de postar os vídeos aqui no blog.
Deixarei o blog para postar apenas textos de certos assuntos que não seriam suficientes para a produção de um vídeo. Além disso, as postagens não terão periodicidade, uma vez que me dedicarei mais aos canais do YouTube. Por lá será um vídeo novo toda semana, em ambos os canais.
Também resolvi concentrar toda a minha produção de conteúdo em um único link para facilitar o acesso. Nesse link (que você pode acessar clicando aqui), estarão minhas redes sociais, meus blogs e canais. Tudo em um único lugar. Basta acessar: http://linktr.ee/lourivaldias.
Lembrando que não abandonarei o blog, é apenas uma forma de organização e de priorizar pela qualidade dos textos publicados aqui e dos vídeos produzidos para os canais.
Muito obrigado por me acompanharem até aqui. Mais informações aqui: http://linktr.ee/lourivaldias.
Até!

sábado, 21 de março de 2020

Kiwi! [Curta]

Kiwi! É um curta sobre não desistir diante das adversidades da vida.
Muitas pessoas, infelizmente, desistem simplesmente por não “nascerem praquilo” ou por “isso não é pra mim” ou “já estou muito velho pra isso”. Tudo isso não passa de crenças limitantes.
Nesse curta, temos um kiwi, uma ave da Nova Zelândia, que não voa, além disso apresenta seus membros anteriores (asas), muitas vezes atrofiados, porém para o kiwi do curta isso não é uma adversidade que o impeça de voar. Vejam o curta.


         Emocionante não é mesmo? Espero que tenham gostado. Até!

sábado, 14 de março de 2020

O menino que falava cores [Conto]


Um conto de Ícaro Sampaio Viana em que um menino fala em cores, desenhos e formas desde o seu nascimento.
As cores e formas se comportam como os sons produzidos por nós, influenciados pelo nosso estado de espírito.
No choro não há sintonia; em situações embaraçosas cores e formas se embaralham.
O conto é válido só por isso, ao meu ver o autor poderia trabalhar mais a cerca do prot, mas decidiu comunicar o leitor como nossas palavras se comportam em determinados momentos.
Não espere uma explicação lógica-científica para a condição do menino.




Sinopse na Amazon:
“Imagine a surpresa dos pais quando o bebezinho abriu a boquinha para pedir o peito da mãe e, ao invés de um gemido ou um berro, saiu um papagaiado amorfo de cores.”

O conto, no formato ebook para kindle, com quatro páginas, está custando R$1,99 na Amazon. Considere comprar pelo link e ajudar o blog: https://amzn.to/2W1e1Cp
Até!

domingo, 8 de março de 2020

6 anos de blog!


Não parece que faz tudo isso desde a noite em que eu tive a ideia de fazer um blog que focasse em resenhas e dicas das mídias que gosto e acompanho.
Na época eu já tinha dois blogs efetivos: o Dragões dos Reinos, voltado para RPG e meio que abandonado hoje em dia e o Cotidiano do Lourival, de certo modo também deixado de lado, onde eu tinha começado o que hoje faço no Café com Leite Desidratado. Talvez eu reviva em algum momento ambos os blogs.
No Cotidiano eu incluía muitas notícias e meio que ele havia se transformado em um “portal” de notícias unicamente. As resenhas, dicas, reviews, tudo isso ficava meio que diluído ou escondido naquele outro tipo de conteúdo produzido.
Aí veio a ideia de montar algo específico apenas para eu falar de coisas que gosto. Surgiu o Café com Leite Desidratado ou como eu costumo falar O Café. Além desse blog, possuo também um blog e um canal sobre divulgação científica que é o Falando em Ciência.
Esse ano, dei um passo além, criei o canal do Café. Sim, dei minha cara à tapa e fui pra frente de uma câmera falar sobre os livros (principalmente) que leio. Até o momento não deixei de escrever para o blog, mas sempre o atualizo com os vídeos que produzo e que estão na plataforma do YouTube.
Foram seis anos de certa dedicação. Nunca pude tocar apenas o blog, mas também até o momento não tenho tais pretensões. Ele continua sendo um hobby, ainda que levado à sério. E fico muito feliz de ter você como leitor, pois isso tudo não existiria se não tivesse ninguém do outro lado do computador para ler e ver o que passa por aqui.
Como acontece comigo ao acompanhar outros blogs e canais, tomem as coisas que falo por aqui como dicas para você ver, ler, ouvir e que possamos conversar sobre, compartilhar ideias é sempre bom.
Muito obrigado por continuar comigo aqui nesse blog e que venham muitos mais anos de existência pra frente e Feliz Dia Internacional da Mulher!! Um grande abraço! Até!

Links citados:

sábado, 7 de março de 2020

Dica de Canal: Guldies

Alex é o artista sueco responsável pelo canal que recomendo hoje. Guldies é um canal de stop motion, onde esculturas de homúnculos bizarras entram em um estado animado envolvente, psicodélico e hipnótico.
Alguns vídeos relatam histórias simples e comuns, enquanto outros distorcem a nossa mente de modo a ficarmos abobados com o que vemos.
Recomendo.
Vejam alguns vídeos do canal:



 

Espero que gostem.
Até!

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Um dia qualquer de verão [Conto]


Nesse conto a autora, Marcela Hebeler Barbosa, passa um pequeno instante em uma praça pública e percebe como estamos atualmente vivendo em uma bolha, com as pessoas seguindo suas vidas com as cabeças baixas para seus smartphones, sem se dar conta sobre o que acontece ao seu redor.
O conto inicia com uma discussão sobre a melhor estação do ano, mas após um encontro, a autora muda sua visão e percepção de mundo.

Sinopse no site da Amazon:
Um conto que faz uma breve reflexão sobre a vida humana. Quem quiser entre em contato com a autora: hebeler_1@hotmail.com/

O conto foi pulicado no site da Amazon no dia 09 de janeiro de 2019, disponível apenas para kindle e custa o valor de R$1,99.
Até!

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Thelonious Monk [Música]


Nascido em 10 de outubro de 1917 na Carolina do Norte (Estados Unidos), Thelonious Sphere Monk foi um exímio pianista e compositor de jazz que esteve em atividade desde 1941 até 1971, vindo a falecer em 17 de fevereiro de 1982 com seus 64 anos.
Considerado um dos mais importantes musicistas do jazz conhecido pelo improviso e agressividade de notas.
Álbum "Underground"
Apesar de seu sucesso recebeu muitas críticas pelas poucas notas usadas, sua postura, seus dedos rígidos durante os dedilhados e batidas nas teclas sem qualquer delicadeza. Suas melodias e ritmos não eram nada comuns e fugiam do mainstream, cheias de dissonâncias, silêncios bruscos, hesitações e batidas de percussão devido aos dedilhados agressivos.
Compôs uma longa série de discos, listados abaixo, separados por gravadora (FonteWikipedia), dentre os quais “Underground” de 1997 é o meu favorito, sem falar da arte da sua capa que é maravilhosa.

Blue Note (1948-1952)
·        Genius of Modern Music: Volume 1 (gravações de 1947)
·        Milt Jackson: Wizard of the Vibes (gravações de 1948)
·        Genius of Modern Music: Volume 2 (gravações de 1951 e 1952)

Prestige (1952-1954)
·        Thelonious Monk Trio (1952)
·        Monk (gravado entre 1953 e 1954, lançado em 1956)
·        Thelonious Monk and Sonny Rollins (gravado entre 1953 e 1954, lançado em 1957)

Riverside (1955-1961)
·        Thelonious Monk plays the Music of Duke Ellington (1955)
·        The Unique Thelonious Monk (1955)
·        Brilliant Corners (1957, com Sonny Rollins e Clark Terry) - Parte do Grammy Hall of Fame desde 1999.[16]
·        Thelonious Himself (1957)
·        Thelonious Monk with John Coltrane (gravado em 1957, lançado em 1961) - Parte do Grammy Hall of Fame desde 2007.[17]
·        Art Blakey's Jazz Messengers with Thelonious Monk (excepcionalmente pela Atlantic Records, 1957)
·        Monk's Music (1957)
·        Mulligan Meets Monk (1957, com Gerry Mulligan)
·        Thelonious Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall (1957, lançado pela Blue Note em 2005)
·        The Complete 1957 Riverside Recordings (com John Coltrane, coletânea de 2006 com gravações de 1957)
·        Thelonious in Action and Misterioso (1958, ao vivo no Five Spot com Johnny Griffin)
·        Thelonious Monk Quartet Live at the Five Spot: Discovery! (com John Coltrane, gravado em 1958, lançado pela Blue Note em 1990)
·        The Thelonious Monk Orchestra at Town Hall (1959, marcando a entrada de Charlie Rouse no grupo)
·        5 by Monk by 5 (1959)
·        Thelonious Alone in San Francisco (1959)
·        Thelonious Monk And The Jazz Giants (1959)
·        Thelonious Monk at the Blackhawk (1960, com Charlie Rouse)
·        Monk in France (1961)
·        Thelonious Monk in Italy (recorded 1961)

Columbia (1962-1968)
·        Monk's Dream (1962)
·        Criss Cross (1962)
·        Monk in Tokyo (1963)
·        Miles & Monk at Newport (1963, com participação não-creditada de Miles Davis)
·        Big Band and Quartet in Concert (1963)
·        It's Monk's Time (1964)
·        Monk (Columbia álbum) (1964)
·        Solo Monk (1964)
·        Live at the It Club (1964)
·        Live at the Jazz Workshop (1964)
·        Straight, No Chaser (1966)
·        Underground (1967)
·        Monk's Blues (1968)
·        Monk Alone (coletânea lançada em 1998 com todas a gravações pela Columbia, 1962-1968)

Por outras gravadoras
·        April in Paris (1981 LP duplo com gravações feitas em Paris, 1961)
·        Monk's Classic Recordings (1983)
·        Blues Five Spot (1984, gravações diversas 1958-61, com vários saxofonistas e Thad Jones na corneta)
·        The London Collection (1988, em três volumes)
·        Live at Monterey Jazz Festival '63 (gravado em 1963, lançado em 2 volumes em 1996 e 1997)

Thelonious Monk é sem dúvida um gênio do jazz e o pai do Bebop, uma das correntes mais influentes do jazz e faz referência aos martelos dos trabalhadores das ferrovias americanas.
Até!