quarta-feira, 1 de abril de 2020

A vida imita a arte [Crônica]


Vivo a época do Coronavírus. E até o momento foi tudo tão surreal.
Sempre fui um apaixonado por filmes e séries, principalmente dos gêneros de ficção científica e mundo pós apocalíptico. Às vezes nos envolvemos tanto com os personagens que acabamos nos colocando no lugar deles, acredito que é normal para boa parte das pessoas que também acompanham esse tipo de conteúdo. Daí chegou o COVID-19 no Brasil. Recomendações: lavar bem as mãos, usar álcool em gel, ficar em quarentena, não sair de suas casas, ficar em isolamento social.
É aí que a vida imita a arte.
Até então ir ao supermercado era uma coisa normal, corriqueira. Agora é algo perigoso, você não sabe o que pode encontrar lá fora. E não são criaturas como zumbis ou vermes gigantes que estão à espreita, mas um vírus, invisível a olhos nus, que geral danos graves ao sistema respiratório, acarretando até a morte dos infectados.
Os produtos começam a escassear. Já não encontrei mais álcool em gel no supermercado. Em outros estados falta papel higiênico. Várias pessoas têm feito estoques de diversos produtos em suas casas. E aí vem outro receio: a comida irá durar ou mesmo terá alimento para todas as pessoas?
Existe toda uma aura negativa no ato de sair de casa. Ou mesmo ficando dentro de casa e se pondo a imaginar todas as situações que por ventura podem vir a ocorrer. É um episódio de Walking Dead misturado com Black Mirror e Twillight Zone.
E a situação está apenas começando no Brasil. Não sei como irá terminar ou quais os caminhos que serão trilhados daqui pra frente. Escrevo isso no 21º dia de coronavírus no país e, ao meu ver, pouquíssima coisa foi feita por parte do governo.
Quando pego o jornal o terror vem à tona também. São várias as possibilidades futuras, por causa da doença: cortes salarias, fechamento de empresas e pequenos negócios, diminuição ou nenhum lucro, perigo e facilidade de contágio em diversos setores da sociedade, enfim, são diversos cenários que não tornam a situação atual melhor.
Não sei quanto tempo isso irá durar, não sei se sobreviverei pra contar a história, para mim só resta esperar.

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