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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Arte no princípio


Ainda existe muita especulação e discussão sobre as questões envoltas sobre a origem da arte pelos seres humanos.
Desde a pré-história a arte tem aparecido nos registros arqueológicos e mostrado que o homem, como ser cultura, há muito já apresentava essa forma de comunicação.
A arte poderia ser utilizada como uma forma de guardar informação (ou repassá-la para outras gerações), decoração, rituais diversos, culto a deuses e, como no antigo Egito, por exemplo, para facilitar a viagem do indivíduo para a outra vida.
Das inscrições nas rochas, chamada de Pinturas Rupestres, até obras de arte feitas por inteligências artificiais, essa forma de cultura trilhou diversos caminhos até chegar ao que temos hoje e, certamente, não parará de se desenvolver.
Ela faz parte da nossa vida, do nosso cotidiano. Pinturas, construções, arquitetura, até mesmo sendo traduzida em outras formas como teatro, cinema e música, são aspectos muito interessantes do ponto de vista estético e antropológico.
Neste novo ano, várias formas de arte serão incorporadas ao blog, sob a forma de resenhas, para que possamos juntos crescer no entendimento e apreciação desse grande aspecto cultural que nos torna o que somos.
Aproveito para mencionar uma descoberta do final do ano passado que foi a da mais antiga pintura rupestre figurativa do mundo. Trata-se de uma série de desenhos de animais parecidos com vacas, além de mãos estampadas, encontradas em uma caverna da ilha de Kalimantan, Indonésia, com idade de pelo menos 40 a 52 mil anos.


O achado foi pulicado em um artigo científico no magazine da Nature.
Outros desenhos mais recentes, com cerca de 20 mil anos, foram encontrados na mesma região só que dessa vez revelando figuras humanas.


Até!

FONTES:

sábado, 26 de janeiro de 2019

Arquimedes e a alavanca em 90 minutos [Livro]


Este é outro livro de Paul Strathern, publicados no Brasil pela editora Zahar. O livro é dividido nas seguintes sessões: Introdução; O mundo como Arquimedes o encontrou; Vida e Obra; e Cronologia de grandes eventos da ciência.
Arquimedes, nascido em 287 a. C., foi um dos três maiores matemáticos de todos os tempos. Os outros seriam Newton e Gauss. No século XVI passou a inspirar outros grandes talentos como Kepler e Galileu.
É dele a expressão “Eureca!”, palavra que gritou ao pular da banheira quando descobriu os princípios da hidrostática, onde atestou que “um corpo flutuante é capaz de deslocar uma quantidade de fluido equivalente a seu peso”.
Revolucionou a mecânica, criou a hidrostática e o estudo dos sólidos (por exemplo, mostrou como se calcular o volume dessas formas tridimensionais). Dentre suas invenções estão: roldanas, alavancas, bomba d’água, o laser e o parafuso de coleta de água e grãos. Por conta dessas invenções, cunhou a seguinte frase:

“Deem-me um ponto de apoio e uma alavanca e moverei a Terra”

Arquimedes, infelizmente, não se importava em registrar seu trabalho prático. Sabemos mais de Arquimedes por conta do escritor romano Plutarco, por exemplo, Arquimedes já tinha a ideia de que a Terra é um globo.
Ele concluiu sua educação em Alexandria, no Egito, conhecendo vários pensadores que viriam a se tornar seus amigos: Conão de Samos e Erastótenes, para citar alguns, que podem ter influenciado a sua visão da Terra como um planeta redondo.
O pensador inovou a matemática da época ao usar a aproximação no lugar da igualdade precisa, pode-se dizer que a dízima periódica surgiu com Arquimedes.
As suas Leis da Hidrostática permaneceram incontestáveis ou ignoradas por 1800 anos, até serem redescobertas.
Outra grande contribuição de Arquimedes foi delinear o sistema heliocêntrico do sistema solar (ou do universo, como na época se pensava), que foi proposto alguns anos antes, por seu amigo Aristarco de Samos.
Além de avanços na área científica “teórica”, teve grande papel na questão militar.
Durante a Segunda Guerra Púnica houve um cerco à Siracusa determinado pelo General Romano Marcelo, Siracusa foi a cidade em que Arquimedes havia se instalado após seu retorno do Egito. Arquimedes foi encarregado da defesa da cidade, construiu uma máquina que arremessava enormes pedras, além de um dispositivo que convergia os raios solares na direção das naus romanas chegando a incendiá-las no processo.
A cidade foi tomada pelos romanos e então Arquimedes morreu em 212 a. C. Existe muita divergência sobre a história acerca de sua morte. Alguns historiadores relatam que Marcelo havia poupado Arquimedes por conta de seus feitos científicos, porém outra história é a de que, durante a invasão romana, Arquimedes continuava imerso em seus cálculos, um soldado chegou a seus aposentos e disse que deveria segui-lo, porém aquele não ia se levantar enquanto não terminasse suas contas, foi aí que o romano golpeou o pensador lhe tirando a vida.
Apesar do fim trágico sua obra perdurou até os dias de hoje.
O livro é bem curto e vale muito a pena ler caso tenha interesse pela história da ciência, matemática ou mesmo por curiosidade. É uma ótima leitura e bastante fluida.
Recomendado.
Dúvidas, sugestões e críticas: lourivaldias@gmail.com
Até!

sábado, 24 de novembro de 2018

Platão em 90 minutos [Livro]


Escrito por Paul Strathern, Platão em 90 minutos, publicado no Brasil pela Editora Zahar, trás um resumo da vida e obra desse grande filósofo clássico. Essa série “Em 90 minutos” aborda uma série de pensadores e cientistas das mais variadas áreas e segmentos da ciência.
Várias informações de vários filósofos antigos, que têm relação com Platão, nos são apresentadas nesse livro.

Quanto às raízes de suas ideias

Algo bastante interessante e peculiar e que seu mestre Sócrates, bem como Pitágoras, outro pensador importante da época, não deixaram nada por escrito. Platão foi um dos clássicos a escrever aquelas ideias.
Dentre as ideias que circulavam o meio filosófico da época estavam:
·       Pitágoras o qual acreditava que além do mundo das aparências (o mundo real, ou realidade para nós) existia o mundo harmonioso dos números. De modo que “Tudo era número”. Para Pitágoras os números continham a chave para a compreensão do universo.
·       Heráclito, discipulo de Pitágoras, dizia que não se pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois tudo era fluxo. Um rio não é mais o mesmo em dois momentos distintos, assim como nós não somos.
·       Demócrito, que insistiu que o universo é composto de átomos.
·       Xenófanes dizia que nenhum homem conhece ou conhecerá algum dia a verdade acerca dos deuses e de tudo.
Foi diante dessas concepções que a filosofia de Platão nascia.

Vida e Obra

Para Platão a Democracia estava muito próxima da tirania. Essa é uma de suas ideias mais peculiares. A República, um de seus mais famosos escritos, expõe os critérios para tornar-se uma sociedade justa. Dizia Platão: “A menos que os filósofos se tornem governantes ou que os governantes estudem filosofia, os males da humanidade não terão fim”.
Na Prática não foi bem o que aconteceu, pois na época de Platão, mesmo os governantes que estudaram filosofia e tiveram seus ensinamentos obtidos diretamente de Platão (um professor e conselheiro), causaram sérios problemas para a sociedade.
Platão achava que a realidade era abstrata. O que teria começado com os números de Pitágoras tornar-se-iam nas formas ou ideias da filosofia de Platão. Essa Teoria das Ideias (ou das Formas) era o elemento central da filosofia do pensador, a qual influenciou diversas outras teorias como a Teoria da Seleção Natural de Darwin.
Tudo o que percebemos é mera aparência, somente através da razão é conseguiríamos alcançar a ideia universal maior de bem.
O livro relata suas viagens entre Atenas e Siracusa em várias situações ao longo da sua vida. Em 386 a. C. Platão compra um lote de terra nos Jardins de Academos e funda a sua escola. Surge a Academia (ou a universidade, como preferir chamar), reunindo em torno de si um grupo de seguidores, surgindo assim a seleção dos melhores para compor uma turma nessa instituição de ensino, igual como fazemos até hoje.
Platão também escreveu sobre a alma humana, para ele esta era dividida em três elementos distintos: a razão, o espírito e o desejo.
Em 529 d. C. o imperador Justiniano fecha a Academia em Atenas, marcando assim o fim da cultura greco-romana e o início da Idade das Trevas, tamanha é a influência desse feito para a história do mundo.
O triunvirato da filosofia clássica é reconhecido pelos filósofos Sócrates, precedido de Platão e então de Aristóteles (a relação deste com a Zoologia falei nesse post do meu blog sobreCiência).
O livro de Strathern então finaliza com uma Cronologia de datas significativas da filosofia, desde seu surgimento na Grécia antiga até autores contemporâneos.
Espero que gostem e leiam. É resumido, mas muito edificante para quem está começando no estudo da filosofia e para aqueles que querem saber de maneira geral sobre o tema.
Aguardem mais resenhas dos outros livros da série.
Esta postagem apareceu primeiro em Falandoem Ciência.
Dúvidas, críticas e sugestões: lourivaldias@gmail.com
Até!