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sábado, 26 de outubro de 2019

Wytches [Graphic Novel]



Com roteiro de Scott Snyder e arte de Jock, Wytches é um encadernado lançado no Brasil pela Editora Darkside.
Com um total de 6 edições a publicação foi lançada originalmente pela Image Comics entre o período de outubro de 2014 a março de 2015 nos Estados Unidos.
A Plan B Entertainment chegou a comprar os direitos para uma adaptação cinematográfica sem previsão de gravação ou lançamento.
Mas do que se trata esta Graphic Novel? Vamos lá.

Capa original da primeira edição americana
Bruxas existem. Elas estão espalhadas pelo mundo e nos espreitam silenciosamente. Na história acompanhamos a família Rook após sua mudança para Litchfield em New Hampshire. Eles querem recomeçar a vida. Deixar o passado pra trás (um passado que nos é apresentado através de flashbacks). Porém, o que eles não sabem é que seres sinistros rondam pela floresta ao seu redor, bruxas completamente diferentes do que conhecemos e do imaginário popular. O horror está em alta aqui. Um horror psicológico instigante. Além disso, o quadrinho trabalha problemas dentro da família e não deixa de ter reviravoltas importantes ao longo da história.
O final é aberto e emocionante, combina perfeitamente com a atmosfera que permeia durante todo o quadrinho.
Um dos melhores quadrinhos que li em 2019, certamente estará na minha lista de melhores do ano. Recomendo a todos que se deem a oportunidade de ler essa história de terror à la Stephen King.
Até!

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Uma longa viagem a um pequena planeta hostil [Livro]


Visitar planetas distantes, brinca com a física, conhecer espécies estranhas e sencientes, deparar-se com hábitos estranhos, são alguns aspectos mais do que trabalhados com as histórias de ficção científica. Mas o que Becky Chambers faz em seu primeiro romance é algo fantástico.
Em Uma longa viagem a um pequeno planeta hostil somos lançados anos há frente da nossa realidade e apresentados à frota de uma nave que realiza perfuração de buracos de minhoca. Em um tempo em que tal tecnologia é quase tão ultrapassada quanto a de passar mensagens pelo celular hoje em dia.
Chambers tem uma criatividade única ao criar raças tão interessantes e com características tão alienígenas para nós que faz com que levantemos várias discussões.
E aí vai um dos pontos-chave do livro: a discussão e a sequência de pensamentos em que somos lançados, a qual é esperada de toda ficção científica. Esse é seu cerne.
As pessoas e suas relações ao seu redor também compõem carro-chefe nessa trama, pois todos os personagens são trabalhados de uma forma tão alienígena, mas também tão humana, fazendo com que criemos laços de amizade com tais pessoas.
Nesse futuro, a frota da Andarilla se vê diante de uma grande oportunidade para fechar um excelente negócio com a Federação Galáctica. Eles devem viajar para um longícuo planeta e de lá perfurar um buraco de minhoca para o centro da Federação.


Durante essa viagem somos apresentados aos vários personagens que trazem consigo, em suas experiências, histórias de vida e tramas, vários assuntos que muitas das vezes são tabus hoje, ou mesmo são bastante discutidos vez por outra na mídia.
Dentre as discussões (sem dar spoilers de qual personagem ou em qual situação ocorrem) estão: a) Relacionamentos interespécies – até que ponto o amor deve ser impedido apenas por acontecer entre seres de espécies diferentes?; b) Inteligência artificial – é possível que uma AI ame? Você, como ser humano se apaixonaria por uma IA? Até onde iria para manter esse amor? c) Famílias de pais de mesmo sexo – algo bem em voga no momento em que escrevo; d) Troca de sexo durante o desenvolvimento – é possível um indivíduo nascer mulher e se tornar homem naturalmente em determinada fase de sua vida; e) Vírus que aumenta a capacidade intelectual de seu hospedeiro – sendo que esse aumento da capacidade intelectual ocorre por conta de uma duplicidade da consciência; f) Xenofobia em relação a seres humanos nascidos na Terra ou não; entre outros diversos assuntos.
Um livro com uma história linda, emocionante, com um título beirando a poesia (que faz muito sentido inclusive) e que trás uma série de questões para você pensar e crescer como ser humano, tornando-se mais crítico quanto a vários aspectos da sociedade atual. Um livro que faz jus a ser classificado como ficção científica.
Recomendo. Você, certamente, não irá se arrepender.

Para aqueles que já leram segue abaixo uma ilustração lindíssima dos personagens. Identificou todos? =D

                                                                                
Até!


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O Menino que desenhava monstros [Livro]


O horror psicológico é destaque nesse livro. Trazido até nós pela Darkside Books Editora, O Menino que Desenhava Monstros é de autoria de Keith Donohue, narra a história de Jack Peter, um garotinho diagnosticado com um transtorno psiquiátrico, o qual não é muito bem esclarecido no decorrer do livro, mas somos levados a pensar que seja algo como Transtorno do Pânico ou Agorafobia.
Jack não consegue sair de casa, não vai à escola ou têm amigos. O único garoto da vizinhança a manter alguma relação com o nosso protagonista é Nicholas, um garoto totalmente diferente de Jack, mas que por afeição e talvez pena se doa nessa amizade.
Jack segue uma vida normal, tirando o transtorno que atrapalha sua vida, uma vez que tem ataques quando precisa ir ao médico ou mesmo para tomar banho de sol, algo que há muito tempo não faz; mora com seus pais que procuram manter uma relação sólida para superar juntos o problema de seu filho. O mesmo já não podemos dizer de Nick, este também mora com seus pais, porém seus genitores vivem uma vida de brigas e mergulhada no vício do alcoolismo.
Jack adora desenhar, até demais, vive em seus pensamentos desenhando tudo o que vem à sua cabeça. Porém, os problemas começam quando seus desenhos passam a criar vida. Seria apenas ilusão de sua mente? Algo do transtorno moldando a realidade à sua volta? Somos levados a crer nisto, não seriam os diversos eventos que acometem a todos que vivem ao redor de Jack.
É aí que o terror começa, algo bem Lovecraftiano. O livro todo transcorre sob uma névoa sombria e perturbadora, para piorar a história se passa durante o inverno o que aumenta a sensação claustrofóbica e frígida.


O ponto alto do livro é o final. É de surpreender a todos. E, diferente do que muitos livros fazem, não é um Deus Ex Machina per se, o final vem sendo trabalhado desde meados do livro e quando ele chega é de arrepiar.
A Darkside não decepcionou em trazer esta obra para o Brasil. Livro recomendadíssimo.
Espero que gostem e leiam! Já leu? O que achou?
Até!

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Meu Amigo Dahmer [Graphic Novel]


O que você faria se, após muitos anos, você descobrisse através da mídia e de seus amigos, que você havia estudado com um dos maiores Serial Killer da história? Surtaria? Elucubrasse correlacionando as excentricidades dele com os seus crimes? Enfim, tantas questões viriam dessa surpreendente descoberta.
A Editora Darkside, na linha Darkside Graphic Novel, trouxe para o Brasil o quadrinho “Meu Amigo Dahmer”, escrito e desenhado por Derf Backderf que estudou com um dos serial killer mais famosos dos Estados Unidos: Jeff Dahmer.
Backderf relata de maneira bastante minuciosa  o comportamento do psicopata enquanto eram alunos do ensino médio. Ambos foram colegas de turma nos anos 1970, frequentavam o mesmo círculo social, bem como faziam diversas coisas juntos: estudavam para provas, matavam aula, jogavam basquete, saiam juntos entre outras coisas.
Dahmer sempre fora estranho, com um comportamento relativamente antissocial, mas ainda assim partilhava do humor dos colegas, ganhando até um fã clube na escola.

Dahmer no anuário escolar

Após o ensino médio acabaram por seguir caminhos diferentes e então Backderf só voltariam a ter notícia de Dahmer quando a notícia explodiu na mídia sobre o “canibal de Milwaukee” que teria assassinado pelo menos 17 pessoas, além disso, entre as práticas cometidos, estavam estupro, canibalismo e necrofilia.
O quadrinho ainda trás uma série de notas explicando ainda mais várias cenas do cotidiano de Dahmer, talvez até demonstrando como aquele comportamento teria surgido. Ao final da obra é possível se perguntar: Dahmer poderia ser uma pessoa diferente? Caso sua família não fosse tão problemática ele ainda assim cometeria os assassinatos? E como um adolescente dito como “normal” poderia chegar a cometer atos tão hediondos e macabros?
É um quadrinho que instiga, que apesar de suas 288 páginas é rapidamente devorado (perdoe-me pelo humor negro), fazendo com que você procure mais informações sobre o serial killer.
Jeff Dahmer foi preso em 1991, condenado à 957 anos de prisão em 1992, enquanto cumpria pena se tornou cristão, sentiu remorsos e então foi assassinado em 1994 por outro condenado, Christopher Scarver. Lionel Dahmer, seu pai, escreveu o livro A Father’s Story o qual também serviu como material para o quadrinho. Backderf também se utilizou das entrevistas de Dahmer e de documentos do FBI.

Backderf, colega de classe de Dahmer

A Graphic Novel ganhou diversos prêmios como no Festival de Angoulême, França em 2014 e como um dos melhores livros de não ficção de 2012 pela Revista Time. Em 2017 foi adaptada para o cinema pelo diretor Marc Meyers.


Fica aqui minha recomendação. Espero que gostem. Gostou? Comenta aí!