terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

X-Men: Apocalipse [Cinema]

Em X-Men: Apocalipse, a atuação dos atores não convence, onde suas emoções são fracas e com falta de atitude.

Além disso, a história não é nada de mais, com roteiro pobre e um gasto desnecessário de um vilão que poderia ser melhor utilizado. É um filme que não acrescenta em nada para a cronologia dos X-Men, ao menos para o público que conhece os personagens. Para o público geral pode ter alguma importância.

No plot o que seria o primeiro mutante surge no Egito Antigo como faraó e faz sucessivas transferências de corpos o que lhe garante uma espécie de imortalidade. Por conta de um evento ele permaneceu dormente até os dias atuais. Ao despertar visa destruir o mundo, bem como todos os humanos, e deixar esse novo ambiente para os mutantes mais fortes, denominados por ele como seus "filhos", por terem todos descendido dele.

Na minha opinião é um filme que só serve para saber como o professor Xavier perdeu o cabelo, de onde a Tempestade veio - indicando corretamente sua origem africana, como Magneto vê a humanidade, e uma breve visão do Arma X - Algo deslocado que mais serviu para um fã service. Fora isso um completo desperdício. Diria até que Jean Grey e Ciclope são os piores personagens (que personagem perderia o irmão e agiria como se nada tivesse acontecido?! - Sim, esse é o nível da emoção, essa simplesmente não existe).

Não recomendaria para ninguém, é mais um daqueles filmes que indicam que a franquia está afundando cada vez mais.

E você o que achou do filme? Deixe seu comentário. Até!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A Mocinha do Mercado Central [Livro]


Uma bela história de contemplação da vida simples e humilde e da aventura que pode estar ao alcance de todos. De autoria de Stella Maris Rezende e com ilustrações de Laurent Cardon, “A Mocinha do Mercado Central” conta a história de uma garota, nascida em Dores do Indajá – Minas Gerais, que decide se aventurar sendo uma pessoa diferente a cada lugar que viaja. A “personalidade diferente” assumida por ela é baseada no significado dos diferentes nomes que ela assume, aprendeu sobre os significados dos nomes com sua melhor amiga quando ainda morava em Dores do Indajá.
Nascida com o simples nome de Maria, a menina que é fruto de um estrupo, segue sua vida simples com bastante alegria em estar viva e aproveita cada nuance desse fato. É uma menina forte que não se deixa abater pela tristeza e que, com o pouco dinheiro que vai ganhando nos empregos que arruma – geralmente autônomos e sem carteira assinada – viaja por várias cidades dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Não sabemos quanto ao estupro, mas vários aspectos da vida de Maria são baseadas na biografia da autora.
Podemos dizer, ao final do livro, que a menina venceu na vida, apesar do seu início humilde e violento, conheceu seu “grande amor platônico” Selton Mello, aprendeu o gosto pelos livros (influência de uma tia e por ter descoberto Fernando Pessoa), acabou sendo atriz de teatro até ser chamada para fazer um teste em um filme – chamado este vindo direto de um diretor de cinema (seu pai?).
Os desenhos de Cardon são simples, um tanto sujos, mas ainda assim detalhados e muito bonitos, parecem disformes e combinam com o livro que é simples e parece carregar a identidade interiorana. A autora ainda faz várias referências à literatura brasileira, principalmente relacionada aos locais visitados por Maria.
Este livro foi escolhido para o Desafio Livrada 2018 na categoria livro ilustrado e recomendo fortíssimo que você leia e desfrute desse excelente romance.
Até!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Guardiões da Galáxia Vol. 2 [Cinema]

Esse post pode conter spoiler, então leia por conta e risco ou depois de assistir ao filme.

Nessa película temos ação desde o primeiro minuto, regada a humor vindo do novo alívio cômico: Groot; agora como uma criança.

No longa, Peter Quill encontra seu pai, que não é terráqueo, confirmando o que já havia sido indicado no primeiro filme e explicando porque ele não foi obliterado por ter tocado em uma joia do infinito.

Seu pai, na verdade um planeta, é Ego, retirado diretamente das histórias clássicas dos Guardiões. Conforme a história se desenvolve vemos as verdadeiras intenções de Ego que deseja se expandir para todo o universo e se tornar TUDO! Um objetivo bem maniqueísta e megalomaníaco, de acordo com os "ideais básicos", de vilões.

Ego, o planeta vivo!
A concepção do planeta Ego é muito boa, a forma como ele surgiu e o modo como se moldou a formas biológicas ("de acordo com sua imagem") convence.

Assim, temos uma busca emocionante, por parte dos Guardiões e de seus novos associados - Yondu, Mantis e Nebula - em conter Ego e deste querendo utilizar O Senhor das Estrelas como uma bateria para ampliar seus poderes.

Os Celestiais. Espécie de Novos Deuses do universo Marvel.
O filme introduz alguns novos aspectos da cosmologia dos Guardiões, como os Celestiais, apresentados logo no início do filme. Além disso, mostra como os heróis são reconhecidos por outros seres no universo, como o respeito que a Tropa Nova têm por eles.

Recomendo o filme, mesmo não fazendo referência a uma nova joia do infinito e pouquíssima a Thanos, faz jus ao que a Marvel tem proposto para seus filmes.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Sidonia no Kishi [Mangá e Anime]


Também chamada de Knights of Sidonia, é uma série de ficção científica, primeiramente lançada em Mangá e então um Anime com duas temporadas, atualmente disponível pela Netflix.
Na trama temos a Terra destruída por alienígenas há muito tempo atrás, tais seres são denominados de Gaunas, várias naves com humanos partiram da Terra momentos antes dela ser destruída, porém os alienígenas foram implacáveis e caçaram e acabaram destruindo várias naves, apenas uma sobreviveu: Sidonia. Uma enorme nave onde toda a humanidade, ou ao menos o que sobrou dela, continua vivendo.
Tsutomu Nihei, autor do mangá, é conhecido por suas obras de ficção retratando construções megalomaníacas, de modo que não é diferente em Sidonia no Kishi, pois Sidonia é enorme. Não parece uma nave. É algo impressionante! Florestas, lagos, prédios, tudo é possível encontrar dentro da nau.
A ciência evoluiu a tal ponto de possibilitar, além da navegação espacial, alguns aspectos interessantes e que servem para reflexões ao longo da história como clonagem de seres humanos (para evitar que a espécie seja extinta) e fotossíntese humana (permitindo que os humanos vivam sem quase nenhuma necessidade de alimentação oral).
Já foram duas temporadas, sendo a primeira, na minha opinião, a melhor. Mas certamente isso é por conta do desenrolar de uma história nova sem igual. Na segunda temporada já conhecemos os personagens e as problemáticas, aparecendo apenas uma outra linha de história, mas que não fica atrás quanto ao enredo e às repercussões. 


O mangá tem um total de 15 edições, já finalizado no Japão e, no momento em que escrevo essa resenha, faltando muito pouco para ser publicado completamente no Brasil pela editora JBC.
Na história, temos como protagonista Nagate Tanikaze, um jovem que viveu durante muito tempo isolado nos dutos obscuros de Sidonia e, por conta disso, não passou pelas alterações genéticas comuns que os humanos passaram a se submenter, por exemplo, ele precisa comer todo dia e várias vezes ao dia, assim como nós; esse aspecto é levado em consideração na história, em vários pontos, sendo que algumas vezes ele é marginalizado por isso; porém, isso não impede que ele tenha grande habilidade e exímio desempenho em pilotar os Mechas, pequenas naves conhecidas como Os Cavaleiros de Sidonia, daí o título da obra.
Além da discussão quanto a aspectos éticos, que a tecnologia possibilitaria (como o terceiro sexo/gênero), temos muita ação por conta da contínua investida dos gaunas contra os humanos, bem como alguns mistérios que rodeiam aquela nave e a história da humanidade.
Uma das melhores histórias que tenho acompanhado e que merece atenção especial, nem que seja os animes que já estão todos disponíveis na Netflix.
Espero que gostem e vejam essa série, caso já tenha visto o que achou? Comenta aí. Até!!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

L'affaire Dreyfus [Cinema]

George Mèliès também produziu filmes que narravam eventos históricos como o nem tão conhecido  assim "Caso Dreyfus". 

Alfred Dreyfus foi um capitão do exército francês que, durante a Terceira República Francesa, foi injustamente acusado e condenado por traição - sendo depois amnistiado e reabilitado.

Em 1894, Dreyfus foi acusado pelos monarquistas de ter vendido segredos militares aos alemães e então preso.

Esse evento é retratado no filme de 1899 de George Mèliès "L'affaire Dreyfus" (em português, algo como "O Caso Dreyfus"), lançado em várias partes do mundo também sob o título "Trail of Captain Dreyfus". Em cerca de 11 minutos todo o caso é visualmente narrado, porém no vídeo abaixo os eventos estão fora de ordem.

Fiquem com o filme:


Espero que gostem. Até!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Sessão Vi e Li [Semanas 04-06/2018]

Olá! Por conta dos eventos das semanas que se passaram, que citei brevemente no final desse post, os posts foram bem deficientes, mas acabei lendo e assistindo várias coisas interessantes. Segue a lista e ficamos no aguardo pelas resenhas. Durante as semanas do período de 22 de janeiro a 11 de fevereiro de 2018 Li ou Vi (Uma lista bem simples mesmo):

O Guia Definitivo da Espada & Feitiçaria [Livro]


O Demônio e a Srta Prym [Livro]


A Balada do Café Triste [Livro]


A Mocinha do Mercado Municipal [Livro]


Auto da Compadecida [Livro]


Akira Volume 1 [Mangá]


Sherlock - Episódio 1 [Série]


ET: O Extraterrestre [Cinema]


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Outros jeitos de usar a boca [Livro]

A princípio, dependendo da percepção e ambiente em que reside/cresceu/vive, o leitor poderá achar que este livro trata sobre algo erótico ou mesmo fortemente sexual. Mas engana-se quem pensa assim.

De autoria de Rupi Kaur e publicado no Brasil pela editora Planeta, "Outros jeitos de usar a boca" é um livro de poemas que mostra de maneira muito bem elaborada a história de vida da autora.

Claro, que não é explícito e conforme vamos lendo vamos percebendo nas entrelinhas que seria mais ou menos isso.

Os poemas são todos narrados em primeira pessoa e são complementados por ilustrações simples e belas que retratam muito bem determinadas passagens.

Em vários momentos a autora é dura em suas afirmações...

"Não fui feita com leveza na língua 
para que fosse fácil de engolir
fui feita pesada"

O que podemos perceber com a leitura dos poemas é que a autora fora abusada sexualmente por parentes ou mesmo pelo seu pai. 

"nossos joelhos
arreganhados
por primos
e tios
e homens
nossos corpos manipulados [...]"

O pai é um ser que subjuga a família e de maneira muito forte a mãe, estando essa muito submissa ao marido. 

"mulheres da minha família
aprenderam a viver com a boca fechada"

"não sei dizer se minha mãe está aterrorizada ou apaixonada pelo meu pai
parece tudo a mesma coisa"

Essa é uma referência não só à família de Kaur, mas a como várias mulheres ao redor do mundo têm sido tratadas por várias gerações, sem direito a se expressarem, sempre submissas, até mesmo fazendo sexo como uma obrigação, sem vontade...

A conceituação da família, bem como a relação da criança (dela no caso) com os pais, muitas vezes dita como comum ou normal, é bem ácida...

"Você é uma guerra
a fronteira entre dois países
o dano colateral
o paradoxo que os une
mas também os separa"

Ao longo de sua jornada ela se torna independente, conhece alguém, onde começa um relacionamento, porém este é marcado por vários términos e voltas, até a paixão terminar e o relacionamento, antes tão belo, ter seu fim.

"Eu estaria mentindo se dissesse
que você me deixa sem palavras
a verdade é que você deixa minha 
língua tão fraca que ela esquece
a linguagem que fala"

Há, então, um período de esquecimento do parceiro; relaciona-se com outros, mas não é a mesma coisa. Passa a se aceitar como é, independente do que outros acham de si, passando a ser, ao final do livro, a melhor amiga de si mesma.

O livro faz ressurgir vários pontos muito importantes para a reflexão feminista: que as mulheres devem se dar mais respeito, que muitas vezes estão em guerra com o que há de mais natural nelas (aqui são mencionados a remoção de pelos, menstruação etc) e que elas devem ser elas mesmas. 

"pelo
se não era pra estar aqui
não cresceria
em nosso corpo pra começo de conversa

estamos em guerra, com o que há de mais natural em nós"

E a grande mensagem, que não fica restrita ao feminismo, é a importância do amor. Nada importa se não o amor...

Fica aqui a minha indicação para esse livro de poemas muito rico em detalhes em que o processo de leitura é muito rico e vale a pena ser vivenciado.

O que você achou? Comente e compartilhe! Até!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Le Cake-Walke Infernal [Cinema]

Le Cake-Walke Infernal ou também chamado de "O Bolo Infernal" é outro filme de George Mèliès datado de 1903.

No filme temos algumas almas que estão a dançar e festejar no inferno (sim, essa é a mente de George Mèliés), quando, de repente, o próprio diabo aparece causando bastante confusão. Ele surge de um enorme bolo que fora feito para aquela festa e começa a jogar bolas de fogo pra todo o lado ou mesmo incinerar algumas almas ou mesmo seus lacaios.

O filme faz referência à Cake-Walk ou "Dança do Bolo" que era muito comum na França, principalmente em casamentos, na época do filme.

Quais as razões reais para Mèliès fazer tal filme ainda permanece como um mistério para todos. O que se passava na mente de Mèliès é algo que nunca entenderemos.

Agora assista ao filme abaixo que é matéria obrigatória (como todo filme de George Mèliès) para todo amante do cinema.


Até!