quarta-feira, 13 de maio de 2020

Paradoxo não é paradoxo [Crônica]


Paradoxos... Não, não falarei sobre a figura de estilo ou de pensamento que estudamos nas disciplinas de língua portuguesa ou de literatura que é relacionada à antítese, falarei sobre o paradoxo conceituado como uma declaração aparentemente verdadeira que nos leva a uma contradição lógica, ou uma situação que contradiz com o pressuposto anterior.
Ele é “o oposto do que alguém pensa ser verdade”. Os paradoxos rondam nossa vida por completo, eles estão na matemática, no português, em determinadas ações, nos pensamentos e até na física quântica, como podemos ver no princípio da incerteza de Heisenberg, que impõe restrições à precisão com que se podem efetuar medidas simultâneas de uma classe de pares de observáveis, ou seja, não podemos ao mesmo tempo saber a velocidade e a posição de um elétron, por exemplo. Ou no gato de Schrödinger que pode estar vivo ou morto. Ou o frasco com auto-fluxo de Robert Boyle, preenche a si próprio.
Outro paradoxo bastante difundido é o da propriedade da luz, uma vez que, segundo Einsten, ela pode se comportar tanto como partícula como onda, pode-se dizer, então, que a propriedade da luz é paradoxal.
O filósofo e lógico americano Willard Quine separou os paradoxos em três classes: Os paradoxos verídicos, os falsídicos e as antinomias, mas isso não vem ao caso nesse momento.
O paradoxo que quero mesmo falar é o “Paradoxo do Pinóquio”. Não lembro quando vi esse paradoxo pela primeira vez, mas foi algo que naquele momento me impactou, tamanha a sacada.
O Pinóquio diz: - “Meu nariz crescerá agora”.
Se o que o Pinóquio diz é mentira, então seu nariz crescerá realmente, mas se o nariz crescer é porque ele falou uma mentira, mas não foi mentira o que ele falou, afinal cresceu, então não deveria cresceria, mas se não cresce a afirmação passa a ser falsa e entramos no looping característico do paradoxo.

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