Foi nos idos dos anos 2012 que me tornei
um colecionador de quadrinhos. E me lembro muito bem da minha primeira compra
oficial para a minha coleção. Naquele dia, comprei duas primeiras edições. O
volume 1 da série de Sweet Tooth, obra do selo Vertigo e o primeiro quadrinho
da série, que viria se tornar um sucesso, Graphic MSP, Astronauta Magnetar.
Escrita e desenhada por Danilo Beyruth,
Astronauta Magnetar trás o personagem Astronauta, criado em 1963 por Maurício
de Sousa, o pai da Turma da Mônica, em uma nova roupagem. É um quadrinho para o
público que cresceu lendo histórias da Mônica e que hoje pode comprar seus
próprios quadrinhos.
Na história o Astronauta está
investigando, de acordo com suas próprias palavras, “o terrível magnetar”. De
acordo com o dicionário um magnetar é uma estrela de neutrôns que possui um
intenso campo gravitacional e é fonte de raios X e gama.
O protagonista da história estava
coletando dados in loco sobre o tal corpo celeste. Interessante que no início
da revista, Beyruth conceitua muito bem o que é a estrutura, sem se utilizar de
jargões científicos claros. Há uma página inteira explicando o que é essa
estrela de nêutrons.
Porém, algo acontece fazendo com que o
astronauta fique sem comunicação e totalmente à deriva no espaço. Para não
perder a sanidade é extremamente importante que ele permaneça fazendo suas
atividades rotineiramente, mas mesmo com o foco que só os “homens do espaço”
têm não foi possível sair ileso dessa experiência.
A passagem de tempo é feita de maneira
impressionante em duas páginas que tem uma mensagem forte e demonstra como a
rotina de astronauta, bem como a de qualquer outra profissão em que períodos de
reclusão são a regra, é bastante desgastante.
Um quadrinho que mistura emoção e
aventura, com um final para reflexão, não só por conta do que o protagonista
passou na história, mas como a história dele pode se aplicar à nossa, mesmo não
tendo a função que ele tem.
Uma recomendação sem igual, mas que não
vale apenas para um público adulto, acredito que o quadrinho tem vez com o
público infanto-juvenil.
Leiam e se divirtam.
Até!
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