quinta-feira, 12 de julho de 2018

Silo [Livro]


Em Silo, de Hugh Howey, publicado no Brasil pela editora Intrínseca, somos apresentados a um ambiente totalmente diferente. A superfície da Terra está devastada após o que achamos ter sido um inverno nuclear. A superfície do planeta está inabitada e imprópria para sustentar qualquer forma de vida. É acinzentada e cáustica. Os seres humanos vivem em um silo abaixo da superfície, encravado no subterrâneo da Terra.
Sim, um silo, como o de estocar grãos, este é dividido em centenas de andares, interconectados por escadas, cada andar com uma função: refeitório – o mais superficial, apesar de haver outros ao longo da construção; cabines ou camarotes; fazendas permitindo a agricultura e até mesmo pecuária; mecânica – responsável por prospectar petróleo e gerar energia para o silo; entre outros. Um dos andares mais peculiares, tirando talvez a fazendo com suas plantações hidropônicas, está a TI, onde toda a informação do silo é processada e o local em que, talvez, “mais se saiba dos acontecimentos”.
Somos apresentados a personagens que habitam o Silo 12, o que leva a especular que talvez existam outros como aquele. A outra grande dúvida que permeia do início ao fim do livro é o porquê da população viver confinada naquele ambiente claustrofóbico? O que aconteceu com a Terra? Os animais que conhecemos hoje são tratados como seres mitológicos! A sociedade passou por uma grande reformulação, itens comuns tem alto custo, uma simples folha de papel ou mesmo um e-mail (sim, existe tecnologia!) são altamente custosos.
Pela tecnologia evidenciada no livro percebemos que estamos no futuro (Fomos levados àquilo por um cataclismo nuclear? – tal qual Hiroshima ou Chernobil?).
Os personagens são bastante complexos e o protagonismo fica a cargo daqueles que mais têm curiosidade – algo intensamente proibido, claro que não de maneira clara, mas o que gera ainda mais curiosidade. Durante a investigação do “Levante”, algo como uma guerra civil ocorrida há muito tempo, o atual tenente acaba como alvo da TI por conta da sua elevada curiosidade. Por descobrir o que não deveria é preso e condenado à “Limpeza”, um processo que consiste em enviar o condenado por crimes graves para fora do silo, com pouco suprimento de oxigênio, em uma roupa que lembra a de astronautas, suficiente apenas para que ele possa limpar as lentes de observação do silo.
Uma ficção científica com toques de distopia, onde vamos descobrindo, aos poucos, o funcionamento daquela nova sociedade e as implicações de ser ou não fuçador.
Silo é o primeiro volume de uma trilogia composta pelos títulos: Ordem e Legado, todos já traduzidos e publicados no Brasil.
Leitura recomendadíssima!
Espero que gostem, leiam e compartilhem o que acharam. Até!

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